"Existe apenas um momento exato para ir pescar, e esse momento é sempre que você puder."

Agenda de Pescarias (veja se sua pescaria já foi agendada)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Um recorde pessoal tem sempre uma boa história



               O mês de dezembro inicia com o rio negro bem alto, o repiquete de fim de novembro elevou o nível do rio em quase 1,5m. Nessas condições, sabemos que o tucunaré fica “manhoso” e sua captura se torna ainda mais difícil. Ainda assim, eu e minha companheira Rose, resolvemos tentar a sorte num lago bem escondido que conheço distante a 20km de Barcelos.
            O relógio marcava quase 9:00h quando saímos na voadeira. Até chegarmos nesse lago, demoramos em torno de 50min. Logo na chegada, pudemos observar que as condições de pesca estavam totalmente contrarias a nós. Batemos 1hora de vara e nada, absolutamente nada. Tivemos então a ideia de utilizar a técnica do currico – utilizando uma isca de fundo que carinhosamente apelidamos de “cata toco”.       
             
           Logo após 5min, entra um grande tucunaré e pra piorar num trecho onde existem muitos troncos submersos e na superfície uma vegetação chamada de “arumã”. Não deu outra, o tucunaré passou por debaixo dos troncos, se alojou dentro da vegetação superficial e conseguiu escapar. Acredito que era um bom exemplar com seus 4 ou 5kg no máximo.
             Estávamos preocupados com o almoço pois minha companheira Rose havia levado arroz, forofa e vinagrete. Contávamos com um peixinho para o assado na beira de algum barranco que não estivesse submerso. Continuamos a curricar e entraram 4 piranhas de tamanho médio  que rapidamente foram embarcadas – Opa, o almoço tá garantido – pensamos quase juntos. Paramos a voadeira, tratamos as piranhas, fizemos o fogo e preparamos o assado de piranha - garanto a vocês que não deixa nada a desejar ao assado de tucunaré. Nem percebemos o tempo passar e relógio já batia as 13:30h.
            Logo após o almoço, o tempo rapidamente mudou e em alguns minutos o céu estava desabando.  Neste momento, olhei pra Rose e disse  – vamos arrumar tudo e sair pra pescar debaixo de chuva mesmo – lembrei que quando cai uma chuva torrencial, os tucunarés ficam mais ativos pois a água da superfície esfria e os grande peixes que moram no fundo sobem a tona para se refrescar e se alimentar. Eu era o piloteiro da Rose – controlando o motor elétrico e a própria voadeira. Ela estava usando uma João-pepino vermelhinha no inicio. Logo no primeiro arremesso  teve dois bons rebujos que não se confirmaram com fisgadas. Ela mudou de isca, pegou uma isca de meia-água que não lembro o nome e  que havia sido modificada: a barbela tinha sido cortada e algumas pinturas de esmalte de unha vermelho haviam sido feitas na isca e que contrastavam  com o branco desbotado da mesma. Assim que ela arremessou, percebi que a isca trabalhava como sub superfície, submersa a uns 15cm apenas. No segundo arremesso, um grande tucunaré erra a isca 2 vezes seguidas, abocanhando-a na terceira vez quase colado na voadeira. Deu pra ver a parte dorsal quase toda do monstro saindo fora d’água. Fiquei preocupado, pois a Rose nunca tinha tirado um tucunaré grande sozinha e o peixe neste momento tomava linha ( multifilamento de 55lb)  em direção aos troncos submersos. Rapidamente, dei ré no motor elétrico puxando o barco para o meio do lago e disse a Rose: “Não puxe com força, o peixe já está fisgado, apenas controle e vá recolhendo a linha devagar”.  Neste momento o tucunaré dá um salto de mais um de metro tentando se libertar da isca. Que Espetáculo!!  Com o tucunaré no meio do lago, fisgado e sem o risco das tronqueiras submersas a briga foi muito boa. Depois de tomar linha 3 vezes seguidas, e 5 minutos depois de ser fisgado o bichão se rendeu e como dizemos por aqui “prancheou” ou seja, virou totalmente de lado. Assim que chegou próximo ao bote, engatei o boga e tirei rapidamente o peixe para registro desse recorde pessoal da Rose. Eu e ela tremíamos feito vara verde tamanha a descarga de adrenalina que invadiu nossos corpos. Realmente um momento mágico e inesquecível. As imagens abaixo não descrevem com precisão  toda a emoção que sentimos, mas sem dúvida dá pra ter uma ideia pois nossas caras de alegria nos entregam.
 
 
 
 


Este grande exemplar foi devolvido intacto ao rio para que outros amigos tenham a mesma sorte e prazer que nós tivemos:
 
 
 
 

Um comentário:

  1. Parabéns Allen e Rose!
    Conheço este local e já peguei bons tucunas aí também! Hehe!
    Sempre quando cai uma chuvinha a pescaria rende!

    Grande abraço

    ResponderExcluir