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domingo, 16 de maio de 2010

Cobra grande existe ou é somente lenda?

No imaginário coletivo das comunidades ribeirinhas do Amazonas a resposta a essa pergunta seria, sem nenhuma dúvida, totalmente afirmativa. Cobra grande existe sim senhor! E não são raros os relatos de caboclos e pessoas atacadas por esse ser devorador de homens desavisados. Por outro lado, reza a lenda que há muito tempo, existiu em uma das tribos do Amazonas, uma mulher muito perversa que inclusive, devorava crianças. Para por fim a tantas dores causadas por ela, a tribo decidiu atirá-la no rio, pensando que ela morreria afogada e nunca mais viesse a perseguir ninguém. Porém, Anhangá, o gênio do mal, decidiu não deixá-la morrer e casou-se com ela, dando-lhe um filho. O pai transformou o menino em uma cobra, para que ele pudesse viver dentro do rio. Porém, logo a cobra começou a crescer e crescer...
O rio tornou-se pequeno para abrigá-la e os peixes iam desaparecendo devorados por ela. Durante a noite seus olhos iluminavam como dois faróis e vagavam fosforescentes por sobre os rios e as praias, espreitando a caça e os homens, para devorá-los. As tribos, aterrorizadas, deram-lhe o nome de Cobra Grande. Ao rastejar pela terra firme, os sulcos que deixava se transformam nos igarapés como o nosso Sauadaua. São inúmeros os relatos de pequenas embarcações atacadas por ela.
Um dia a mãe da Cobra Grande morreu. Sua dor manifestou-se por um ódio tão mortal que de seus olhos brotavam flechas de fogo atiradas contra o céu e dentro da escuridão, transformavam-se em coriscos. Depois deste dia, ela se recolheu e dizem que vive adormecida debaixo das grandes cidades ou em poços nas profundezas dos rios.
Contam também que ela só acorda para anunciar o verão no céu em forma de Serpentário, ou durante as grandes tempestades para assustar, com a luz dos relâmpagos, as tribos e pessoas apavoradas.
Lendas e folclores a parte, a famosa cobra grande já virou estrela de filmes de Hollywood, foi celebrizada no poema “Cobra Norato” de Raul Bopp, sendo encenado, inclusive em teatros de vários países. A “Boiúna”, como também é chamada pelos caboclos talvez seja no fundo a conhecida Sucuriju ou Sucuri. Os americanos a chamam de Anaconda. Seu comprimento pode atingir mais de 12 metros. Mata suas presas por constrição, apertando-as até a morte. A sucuri habita áreas inundáveis e é dotada de grande força, sendo capaz de neutralizar qualquer tentativa de defesa da vitima.
Na Amazônia e em todo Brasil são inúmeros relatos de ataques da Sucuri a pessoas pouco precavidas. As incríveis fotos que estou postando abaixo mostram a temida cobra engolindo um porco e em outra sequência, uma operação para remover um ser humano de dentro das entranhas da cobra. Se você enjoa facilmente é melhor não ver.
Sequência 1: Sucuri engolindo porco
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Sequência 2: Pessoa sendo removida das entranhas da Sucuri

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